#Mixtape 1 –> Por um cinema Em Nome do Amor

Michelle

Ninguém passa impune por uma mixtape. Não ao menos pela criação de uma. Seja ela uma declaração de amor, seja somente um chamado de “ei, escuta isso aqui”, as mixtapes têm uma natureza expositiva, pessoal e intransferível.

De um jeito ou de outro, você sabe que aquelas músicas nunca estariam juntas num mesmo “lugar afetivo” se você mesmo não tivesse convidado todas elas para essa reunião informal. E numa mixtape, só se convida quem se ama.

Adoro criar o que hoje se chama de mixtape. Lá atrás falávamos de uma fita cassete com capa customizada, lado a, lado b, longos textos explicando o sentido por trás de cada faixa e todas as frescuras de contar o tempo certo das músicas para que elas coubessem 30 minutos aqui, 30 minutos ali. Amo criar essas seleções porque é sempre muito bom achar quem fale por você. E as músicas, mais do que qualquer outro meio, têm esse poder.

O fato é que, com toda facilidade tecnológica de se criar mixtapes hoje em dia, perdi um pouco aquele encanto artesanal de juntar as faixas. Me ocorreu, no entanto, que poderia fazer isso de um jeito ainda mais significativo, com mensagens transversais e, claro, um pouco mais trabalhoso. Uma mixtape… com o perdão da ousadia… cinematográfica. Em que não apenas a música, mas a cena nela implícita, quer te dizer algo.

Penso frequentemente nos melhores filmes do ano, os melhores filmes da vida, as melhores cenas, os melhores diálogos – Nick Hornby, seu maldito. E, claro, de um jeito ou de outro, nas melhores músicas por trás disso tudo. Eis então uma mixtape em que, pela primeira vez, não será suficiente apertar o play. Quero dar trabalho. E tentar explicar que, em qualquer seleção, de canções ou cenas, é preciso ter coerência ou, para quem preferir, um tema. E o tema desta vez (sim, porque haverá próximas) é o campeão de audiência de toda a humanidade: amor.

Com vocês, a Mixtape In the Name of Love
Continuar lendo